Virgul levou concerto “super energético” a Anadia


Virgul ficou conhecido nos Da Weasel. Passou também pelos Nu Soul Family, mas foi em 2016 que decidiu apostar numa carreira a solo. Com temas de êxito como “Rainha” e “I Need This Girl”, o artista de nome próprio Bruno, exerceu outras profissões na vida antes de perceber que era na música que estava a sua sorte. Este foi outro artista que também subiu ao palco principal da Feira da Vinha e do Vinho e eu, mais uma vez, estive lá com o Jornal da Bairrada. 


Artista, músico, MC (mestre de cerimónias), cantor, intérprete... Como surgiu a tua envolvência na área da música?
Virgul (V): Comecei por ser cantor e comecei logo bem com os Da Weasel. Tinha pouca experiência, mas eles acharam que tinha potencial e fiz parte da banda durante algum tempo. Depois acabei por desenvolver o lado entertainerque tenho e que gosto. É por isso que surge a cena de ser MC em festas. Mas a envolvência na música começou pelo facto de ter começado a cantar e depois surgiram as outras coisas que gosto também de fazer na área da música. 

Antes de entrares no mundo da música foste padeiro, pasteleiro e trabalhaste na construção civil. Mas foi realmente na música que encontraste a tua praia? 
V: Sim! Eu trabalhei muito e a verdade é que as coisas aconteceram de forma natural e bem. Há muita gente que trabalha e nem sempre tem o momento exato e o alinhamento certo para que tudo dê certo. Eu tenho tido a felicidade de, na minha carreira, as coisas irem acontecido de forma positiva. 

O teu nome verdadeiro é Bruno Silva. Porquê “Virgul”?
V: Virgul eram os desenhos animados que davam nos anos 90. Eram uns desenhos que marcavam a hora das crianças irem para a cama e eu gostava muito. Os meus amigos sabiam disso e, na altura, quando foi necessário ter um nome artístico para ter alguma diferença e não ser só ‘Bruno’, ‘Virgul’ assentou bem.

Ganhaste reconhecimento com os Da Weasel. Como foi a passagem para uma carreira a solo?
V: Ainda demorou algum tempo, porque ainda estive primeiro com os Nu Soul Family. Depois parei para perceber realmente o que queria fazer numa carreira a solo. Isto não foi fácil depois do sucesso que tive com os Da Weasel, porque houveram receios, medos e dúvidas. Mas a verdade é que, mais uma vez, reuni-me das pessoas certas e as coisas têm estado a acontecer muito bem. 

Um dos teus grandes êxitos foi o tema “Rainha”, um tema especial para ti. 
V: Eu gosto da envolvência dessa música, como também do momento em que a escrevi. Na altura estava bastante apaixonado por uma pessoa e foi um sentimento verdadeiro. Tudo o que está escrito nessa música foi sentido na primeira pessoa e acho que isso torna o tema especial e faz com que as pessoas se identifiquem facilmente.  

E quem é a rapariga de quem precisas na tua vida (tema “I Need This Girl”)? 
V: São todas as raparigas que me fazem bem, desde a minha filha à minha mãe e a todas as fãs que gostam da minha música e que me dão carinho e estão nos concertos. A ‘girl’ não é só uma. As mulheres são algo que necessitamos, são um ser muito especial. 

“Saber Aceitar” é o teu trabalho mais recente. O que nos traz este álbum? O que é temos de “Saber Aceitar”?
V: ‘Saber Aceitar’ é saber aceitar-me a mim mesmo nesta carreira a solo, porque não foi fácil esta transição depois de ter tido o sucesso que tive nas bandas anteriores. Havia sempre um backupcom quem partilhava os melhores e os piores momentos. Agora sou só eu e tive de aceitar isso, que é uma coisa natural.  

Esta noite atuas no Palco Anadia Capital do Espumante (Virgul atuou em Anadia no dia 27 de junho). Quais são as expetativas?
V: São enormes, como sempre. Acredito que vai haver bastante festa, o meu concerto é super energético. Acho que, modéstia à parte, o meu concerto está muito bem montado, com bons músicos e boas bailarinas. Espero estar à altura do público e espero que o público esteja também à minha altura.

Susana Pereira Oliveira 

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