Sara Magalhães, a jovem que defende que "ser advogado é ser um agente cívico, estar presente e dar de si aos outros"


“Persistente, extrovertida, lutadora”, é assim que se define a Sara Santos Magalhães. Esta jovem de 24 anos que gosta de ler e de praticar exercício, além de ser minha amiga de longa data (daquelas da vida toda), é a mais recente advogada da zona da Bairrada.


Soube desde o 9.º ano de escolaridade que queria “seguir algo relacionado com ciências jurídicas”. “O Direito foi surgindo ao longo do Secundário. A paixão pela área de Humanidades levou-me à paixão pelo mundo do Direito”, conta Sara ao ESTA SOU EU.

"Pensei várias vezes em desistir. Achei muitas vezes que não seria capaz, que tinha feito a escolha errada e que aquilo não era para mim"

Admite que o “percurso desde o início da licenciatura [pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra] não foi linear, nem fácil”. As fases complicadas foram algumas, assim como os percalços. “Pensei várias vezes em desistir. Achei muitas vezes que não seria capaz, que tinha feito a escolha errada e que aquilo não era para mim”, revela. Mas isso não aconteceu. A persistência e vontade de conseguir alcançar um objetivo e sonha de vida falou mais alto. 
A licenciatura em Direito teve uma duração de quatro anos. Para a Sara este período foi “muito exigente”. Mas foi depois dele que conseguiu vivenciar de perto o mundo da advocacia em termos laborais. A primeira experiência, o estágio à Ordem dos Advogados, foi desenvolvida no escritório Dr. Carlos Navega, em Cantanhede, a quem Sara admite “dever muito”. 

“Vivi a profissão no seu estado pleno e autêntico. Vivi a realidade da advocacia e com essa realidade aprendi muito”

Neste estágio, para Sara, foi possível “conhecer de perto a prática da profissão”. “Lidei com muitas pessoas, muitos problemas reais, por vezes, alguns complicados, que me faziam duvidar de mim mesma para encarar a profissão”, continua. Ao longo desta experiência conseguiu desenvolver “várias competências técnicas essenciais” e viveu “experiências muito fortes a nível profissional”. “Vivi a profissão no seu estado pleno e autêntico. Vivi a realidade da advocacia e com essa realidade aprendi muito”, considera.
No final do estágio chegou a prova de fogo. A Sara foi submetida a uma entrevista, realizada por um júri composta por advogados e formadores. Esta consistiu numa prova oral sobre o estágio realizado. Foi questionada sobre o que fez e o que aprendeu. Teve de realizar também um exame escrito, com duração de seis horas. Neste teve de avaliar áreas básicas do Direito e da advocacia, como deontologia profissional, prática processual civil e prática processual penal.


Prova superada! “A nota positiva em ambas as provas deram-me o passe final para a entrada na Ordem dos Advogados, deixando assim cair o sufixo de ‘estagiária’”, diz orgulhosa relembrando que todo este processo, que durou um ano e meio, exigiu “um estudo rigoroso, muito disciplinado e organizado”. “Foi todo este esforço que fiz que me possibilitou crescer a nível profissional e me fez ganhar competências essenciais para a prática da advocacia”.

“Exigência, rigor, disciplina e organização são valores para se ser advogado”

Apesar de ser “uma exigência muito grande passar por todo este processo, por vezes, com um nível de rigor muito elevado para um estagiário, considero esta exigência essencial para quem pretende seguir esta profissão”, completa. “Exigência, rigor, disciplina e organização são valores para se ser advogado”, afirma. 
Olhando para trás, Sara faz um “balanço positivo” de todas as fases pelas que teve de passar. Mas reconhece que a dificuldade das mesmas “é mesmo intensa”. Admite ter estado “em constante stress” devido ao que lhe era exigido para ingressar na Ordem dos Advogados. Contudo, reconhece que foram esses “momentos mais difíceis”, em que ponderou desistir, que a fizeram “ter consciência do que é verdadeiramente esta área e do que ela exige, seja em termos de estágio seja depois na prática a sério”. 
Questionada sobre se faria tudo novamente, caso voltasse atrás no tempo, Sara acha que sim. No entanto, diz muitas vezes “em tom de brincadeira” que não o faria “devido ao elevado esforço exigido”. Acredita que voltava a seguir Direito porque não se vê a trabalhar noutra área. 
Se fosse obrigada a escolher outro caminho revela que esse talvez passasse pela área da História. “Sempre adorei estudar história e sempre tive o sonho de tirar a licenciatura em História apenas para satisfação pessoal”, explica.
Agora que é oficialmente advogada tem vários sonhos e objetivos. Um deles passa por ter o próprio escritório, “onde possa receber os meus clientes e fazer o meu trabalho”, completa.

“O Direito está presente na minha conduta enquanto cidadã, uma conduta correta, cumpridora da lei”

Para Sara, em termos pessoas, o Direito está presente no dia-a-dia. “O Direito está presente na minha conduta enquanto cidadã, uma conduta correta, cumpridora da lei”. “Tento cumprir a minha responsabilidade de cidadã exemplar. Ser advogada exige uma conduta prudente em termos profissionais e também pessoais”, realça.

“Vencer a advocacia é lidar com um conjunto de constantes desafios e dificuldades”

A nível profissional, Sara considera ser “necessário ter muita força de vontade para vencer os desafios” da profissão. É preciso “ser-se um profissional exímio”. “Basta um erro cometido, que a sua reputação é logo posta em causa”, explica referindo ainda que “vencer a advocacia é lidar com um conjunto de constantes desafios e dificuldades”.

“Ser advogado é ser um agente cívico, é estar presente e dar de si aos outros. É encarar a causa dos outros, a sua própria causa”

Apesar de tudo, a jovem que sonha em ter “uma carreira sólida” e em tornar-se “uma grande profissional” não deixa de considerar que “a justiça precisa de uma reviravolta no papel que tem na sociedade e o advogado precisa de ser visto como aquele que está cá para ajudar a resolver os problemas das pessoas”. “Ser advogado é ser um agente cívico, é estar presente e dar de si aos outros. É encarar a causa dos outros, a sua própria causa”, considera.

“A justiça encontra-se caduca, retrógada, com demasiadas falhas e sim, infelizmente, inacessível para muitos”

“A advocacia hoje em dia é vista como uma área muito dúbia. Isto é, muitos têm ideia de um advogado como alguém frio, distante e até mesmo arrogante. Muitos olham para a advocacia como uma profissão de ricos, inacessível à grande maioria das pessoas. Mas não é bem assim”, lamenta. “A a advocacia e a justiça precisam de uma renovação. A justiça encontra-se caduca, retrógada, com demasiadas falhas e sim, infelizmente, inacessível para muitos”, avança. 
Apesar de admitir que os advogados “são vistos também como profissionais que se encontram acima dos demais”, Sara realça que ser advogado “exige um enorme esforço profissional e pessoal”. Ter uma porta de um escritório aberta, por exemplo, “acarreta inúmeras despesas constantes, para além das contribuições mensais à ordem (quotas) e à caixa de previdência dos advogados e solicitadores”, contribuições elevadas que exigem “uma luta constante pela subsistência financeira de um advogado”. 
Recentemente Sara investiu nas novas tecnologias e criou uma página profissional na rede social Facebook. Fê-lo porque atualmente se vive numa era tecnológica, num mundo digital que permite dar a conhecer às pessoas aquilo que somos também a nível profissional.
Para Sara esta é também uma “ferramenta útil para esclarecer as pessoas sobre alguns aspetos jurídicos, como atualização de leis, leis novas, compreensão de termos jurídicos, etc”. “É essencial nos dias de hoje haver informação correta e que seja útil para a vida das pessoas. Eu enquanto advogada e jurista tenho a possibilidade de esclarecer as pessoas sobre o ‘mundo das leis’, avança. Quem precisar de algum tipo de serviço jurídico pode encontrar a Sara no Facebook – Sara Magalhães - Advogada – ou via e-mail: saramagalhaes-61454c@adv.oa.pt
A longo prazo, Sara imagina-se a viver na Bairrada. Confidencia que não pretende abandonar esta zona pela qual tem tanto carinho. Admite continuar a lutar porque “lutar é o elemento essencial para o sucesso”. “Não há sucesso sem lutarmos pelos nossos objetivos”, termina.

Comentários

  1. Boa tarde gostaria de ter o contacto telefonico desta advogada.

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    1. Boa noite!
      Antes de mais, obrigada por visitar o "Esta Sou Eu".
      Pode entrar em contacto com a advogada Sara Magalhães através dos seguintes contactos:

      - Telemóvel: 916 391 384
      - Email:saramagalhaes-61454c@adv.oa.pt
      - Página de Facebook: https://www.facebook.com/saramagalhaesadvogada

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